09 – ESCOLHAS

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1 – O que realmente seria o livre arbítrio? Segundo alguns pesquisadores, o livre arbítrio não existe; o que afirmam existir é uma decisão que a mente já tomou sozinha antes mesmo do evento acontecer. Seria como se o cérebro mandasse nas pessoas. Cabe aqui uma importante reflexão: Quanto mais passarmos por determinadas experiências, mesmo que em leituras de bom nível, maior será a vivência, entendimento e conhecimento sobre as coisas que compõe a vida e o Universo. Será mesmo que o livre arbítrio não existe ou será apenas uma decisão já tomada com base em gostos pessoais, estudos, opiniões, críticas ou situações já vivenciadas e conjecturadas do ponto de vista hipotético? Se a resposta for sim, então é porque lá atrás, em algum momento do passado, o livre arbítrio já foi utilizado em determinadas questões previamente estudadas, pensadas, concatenadas, filosofadas, conversadas, visualizadas em filmes ou livros, raciocinadas e decididas muito antes de existirem concretamente.



2 - Precisamos lembrar, também, que durante uma boa noite de sono o cérebro realiza uma série de reorganizações mentais: efetua uma faxina em nossas informações temporárias, toma decisões, resolve problemas e arquiva o que for mais importante com base nas emoções impregnadas nas informações ou acontecimentos no momento em que estes ocorreram de fato. Tudo isso sem nem mencionarmos o fato de nossa memória espiritual, intuitivamente, conforme a elevação moral de cada um, acessar o resultado de alguma situação já vivenciada em vidas pregressas. Neste caso, um experimento científico realizado, a priori, para negar um fato, no futuro, acabará reforçando o próprio fato anteriormente negado com a utilização de prismas que cada vez mais aproximam a ciência das já realizadas soluções e explicações do ponto de vista da espiritualidade maior. Livre arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar a própria conduta ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões, escolher uma delas e fazer com que ela prevaleça sobre as demais. 



3 - Quando falamos em livre arbítrio, não podemos deixar de mencionar o nível evolutivo de cada um. Quanto mais evoluído um ser mais despojado de prazeres pessoais será essa sua base racional que o conduzirá ao mecanismo de funcionamento do seu livre arbítrio. Podemos deduzir que quanto mais uma pessoa estiver enraizada nas lamas do egoísmo, mais individualista será essa sua escolha. Também concluímos, à luz de nobres ensinamentos, que quanto mais egoísmo houver nesse livre arbítrio, mais comprometidos serão seus dias futuros, sua saúde física, mental, espiritual e mais prejudicado será o campo vibracional que abrirá, pela lei da sintonia, as portas para as realizações ou frustrações pessoais. Muitas pessoas optam por trocar uma felicidade futura por alguma forma de alegria questionável no presente. Nesse momento esquecemos que a felicidade presente é muito breve, enquanto o bem estar no futuro poderá perdurar por muitos anos. O livre arbítrio, ao contrário do pensamento comum, não é a garantia de liberdade total. Somos livres apenas para fazermos uma escolha dentro de um conjunto de ideias e regras que conhecemos e criamos. Não temos ciência de todas as opções que existem e imperam em determinadas situações.



4 – Cada espécie possui sua regra própria: Minerais, atração e repulsão; Vegetais, sensibilidade, luz, fixação; Animais, instinto, defesa, caça, alimentação, reprodução; Nos humanos, livre arbítrio e evolução. A partir do momento que somos construtores da nossa felicidade e resgatamos dívidas sempre que infringirmos leis Universais (e não pessoais), a caracterização e utilização do livre arbítrio transforma-se em ferramenta natural e necessária de vida e evolução. O livre arbítrio serve para aprimorarmos nossa capacidade de discernimento e é necessário até no momento de escolhermos não o utilizar. O poder de escolhas é fundamental nesse estágio intermediário de aprimoramento espiritual que atravessamos. Quando conquistarmos patamares bem mais elevados de luz e evolução, o livre arbítrio irá tornar-se o alvo de uma única fonte de aspiração e superior compreensão da vida: Fazer e desenvolver a vontade de Deus, posto que o desenvolvimento de novos e sublimes conhecimentos, faculdades e Leis Universais, naturalmente nos remeterá à construção e execução de ideais em sintonia com a mais alta compreensão, complexidade e magnitude.










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