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1 – O que realmente seria o livre arbítrio? Segundo alguns pesquisadores, o livre arbítrio não
existe; o que afirmam existir é uma decisão que a mente já tomou sozinha antes
mesmo do evento acontecer. Seria como se o cérebro mandasse nas pessoas. Cabe
aqui uma importante reflexão: Quanto mais passarmos por determinadas
experiências, mesmo que em leituras de bom nível, maior será a vivência, entendimento e conhecimento sobre as coisas
que compõe a vida e o Universo. Será mesmo que o livre arbítrio não existe ou
será apenas uma decisão já tomada com base em gostos pessoais, estudos, opiniões,
críticas ou situações já vivenciadas e conjecturadas do ponto de vista
hipotético? Se a resposta for sim, então é porque lá atrás, em algum momento do
passado, o livre arbítrio já foi utilizado em determinadas questões previamente
estudadas, pensadas, concatenadas, filosofadas, conversadas, visualizadas em
filmes ou livros, raciocinadas e decididas muito antes de existirem
concretamente.
2 - Precisamos lembrar,
também, que durante uma boa noite de sono o cérebro realiza uma série de
reorganizações mentais: efetua uma faxina em nossas informações temporárias, toma
decisões, resolve problemas e arquiva o que for mais importante com base nas emoções impregnadas nas informações ou acontecimentos no momento em que estes ocorreram de fato. Tudo isso sem
nem mencionarmos o fato de nossa memória espiritual, intuitivamente, conforme a
elevação moral de cada um, acessar o resultado de alguma situação já vivenciada
em vidas pregressas. Neste caso, um experimento científico realizado, a priori,
para negar um fato, no futuro, acabará reforçando o próprio fato anteriormente
negado com a utilização de prismas que cada vez mais aproximam a ciência das já
realizadas soluções e explicações do ponto de vista da espiritualidade maior. Livre arbítrio é a
faculdade que tem o indivíduo de determinar a própria conduta ou, em outras
palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões, escolher
uma delas e fazer com que ela prevaleça sobre as demais.
3 - Quando falamos em
livre arbítrio, não podemos deixar de mencionar o nível evolutivo de cada um.
Quanto mais evoluído um ser mais despojado de prazeres pessoais será essa sua
base racional que o conduzirá ao mecanismo de funcionamento do seu livre
arbítrio. Podemos deduzir que quanto mais uma pessoa estiver enraizada nas
lamas do egoísmo, mais individualista será essa sua escolha. Também concluímos,
à luz de nobres ensinamentos, que quanto mais egoísmo houver nesse livre
arbítrio, mais comprometidos serão seus dias futuros, sua saúde física, mental, espiritual e mais prejudicado será o campo vibracional que abrirá, pela lei da sintonia, as portas
para as realizações ou frustrações pessoais. Muitas pessoas optam
por trocar uma felicidade futura por alguma forma de alegria questionável no presente.
Nesse momento esquecemos que a felicidade presente é muito breve, enquanto o
bem estar no futuro poderá perdurar por muitos anos. O livre arbítrio, ao contrário do
pensamento comum, não é a garantia de liberdade total. Somos livres apenas para
fazermos uma escolha dentro de um conjunto de ideias e regras que conhecemos e
criamos. Não temos ciência de todas as opções que existem e imperam em
determinadas situações.
4 – Cada espécie possui
sua regra própria: Minerais, atração e repulsão; Vegetais, sensibilidade, luz,
fixação; Animais, instinto, defesa, caça, alimentação, reprodução; Nos humanos,
livre arbítrio e evolução. A partir do momento que somos construtores da nossa
felicidade e resgatamos dívidas sempre que infringirmos leis Universais (e não pessoais), a
caracterização e utilização do livre arbítrio transforma-se em ferramenta
natural e necessária de vida e evolução. O livre arbítrio
serve para aprimorarmos nossa capacidade de discernimento e é necessário até no
momento de escolhermos não o utilizar. O poder de escolhas é fundamental nesse
estágio intermediário de aprimoramento espiritual que atravessamos. Quando
conquistarmos patamares bem mais elevados de luz e evolução, o livre arbítrio irá
tornar-se o alvo de uma única fonte de aspiração e superior compreensão da
vida: Fazer e desenvolver a vontade de Deus, posto que o desenvolvimento de novos e sublimes conhecimentos, faculdades e Leis Universais, naturalmente nos remeterá à construção e execução de ideais em sintonia com a mais alta compreensão, complexidade e magnitude.
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