1 – Perguntaram ao menino que corria no campo o que ele gostaria de ser e ele disse que queria ser
um agricultor. Perguntaram ao agricultor o que ele gostaria de ser e ele disse
que queria ser um moço estudado da capital. Perguntaram ao moço estudado da
capital o que ele gostaria de ser e ele disse que queria ser um doutor.
Perguntaram ao doutor o que ele gostaria de ser e ele disse que queria ser um
homem muito rico. Perguntaram ao homem muito rico o que ele gostaria de ser e
ele disse que queria ser um milionário. Perguntaram ao milionário o que ele
gostaria de ser e ele pensou...suspirou...sorriu vagamente... e disse que
queria muito ter a leveza, a esperança, a saúde, a alegria de viver e a
ingenuidade de um menino do campo.
2 – O grau de sofrimento
de alguém, em relação a sua vida, é diretamente proporcional ao seu próprio
estágio moral-evolutivo. O apego excessivo a situações ou coisas transitórias e
a falta de conhecimento sobre as leis que orquestram o Universo, também são
fontes de ilusão, desgaste e lamúrias.
3 – Desapego, honestidade,
uma boa administração da própria vida, caráter nobre e justo, evitar a
ociosidade a qualquer custo, ignorar ofensas e inveja, fé no futuro,
consciência tranquila, pensamento em Deus, fazer o certo e o que deve ser
feito, contentar-se com o necessário, repartir o excedente, são ingredientes
que pulverizam a raiz do sofrimento. Como todo o sentimento trevoso, o
sofrimento está na contramão das virtudes, está pouco ligado a fatos
exteriores, reside no íntimo das pessoas, na falsa projeção que essas fazem do
que seja felicidade, alimenta-se de interesses vulgares, regozija-se no prazer
efêmero e, semelhante a qualquer emoção subjetiva, independente de fatos concretos,
avoluma-se na inferior contribuição magnética do sofredor e seus respectivos
companheiros das sombras, independentemente da opção religiosa-filosófica de
cada um.
4 – Em nosso atual
estágio evolutivo é muito raro encontrar quem possua todos os predicados necessários
para afirmar-se imune ao sofrimento. Podemos fazer um teste muito simples para
conhecermos quem está próximo da paz interior. Se, ao interrogarmos uma pessoa,
sobre o que ela faria se ganhasse muito dinheiro em algum tipo de loteria e ela
afirmasse que faria isso, aquilo e aquilo mais, é porque essa pessoa sofre com
o reflexo dos seus próprios desejos e ambições mundanas. Quanto menos alguém
operar mudanças em sua vida normal, mais próxima estará essa pessoa de
encontrar o verdadeiro caminho para a paz interior.
5 – Outras características
do sofredor contumaz são pensar mais no ego e menos em Deus, desajustes
químicos e emocionais, não julgar-se responsável e construtor da própria sorte,
esperar por milagres ao invés de trabalhar para fabricá-los, pouca habilidade e
criatividade na solução de problemas, rebeldia aos ensinamentos da vida, arrogância
filosófica, confundir lição com castigo, falhas e fraquezas no processo
educacional recebido, poucas práticas altruístas aos realmente necessitados,
fragilidade emocional para enfrentar a vida, despreparo ou má interpretação das
leis Divinas, falar mais do que ouvir, pouca reflexão e meditação, formular
lindas orações somente para pedir, valorização demasiada à opinião alheia em
alguns setores da vida, más escolhas advindas de outros defeitos morais, falta
de coerência sincera e apurada entre o que se sabe e o que se faz, entre
outras.
6 – Lamentações, sempre
as teremos, mas há uma fórmula composta de 3 passos importantes que irão
suavizar nossos sofrimentos na Terra: 1) – Estilo de Vida: Viver da
melhor forma, com responsabilidade, dando o melhor de si, de modo intenso, cada
pequeno instante da existência sem se preocupar em demasia com o próximo
momento. 2) – Aceitação e Agradecimento: Raríssimas são as pessoas que
agradecem, de coração, com sinceridade, a doença e o problema recebidos porque
observaram neste processo um enriquecimento acelerado, um bloqueio no caminho
de desgraças futuras, perceberam que Deus está atento as suas atitudes lhes oferecendo
lições, ensinamentos, mudanças de conduta e formas de encarar a vida. 3) – Boas
Ações: Lembrar constantemente que quem mais abona dívidas pretéritas não é o que
mais sofre e sim o que mais ama e auxilia o próximo, na dificílima tarefa de
esquecer-se, algumas vezes, de si mesmo. Portanto, pare de lamuriar, levante da
cadeira, respire fundo e faça algo nobre por alguém ainda hoje e mostre a Deus
que você recusa-se veementemente a continuar sofrendo.


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