31 – Criacionismo ou Evolucionismo


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1 – O Criacionismo, defendido por muitos, inclusive por Moisés, consiste na criação do mundo e de todas as coisas, acreditando assim, por consequência, que a Terra era o início de tudo. Os Criacionistas também defendem que as espécies foram criadas perfeitas e assim permanecem para sempre. Outra característica marcante dos Criacionistas religiosos é a de que o nosso privilegiado planeta é o único que possui vida, sendo assim, o centro das atenções de todo o Universo.

2 – Cada pessoa é livre para acreditar e ter fé no que bem entender. Uns possuem fé em objetos, amuletos, pirâmides, estatuetas, colares, óleos, imagens, ampolas com água de algum rio ou mar, etc., outros preferem depositar sua fé no próprio ego e em bens materiais, alguns preferem jogar toda sua fé em dogmas metafóricos e há quem prefira repousar sua fé em evidências científicas que caminhem lado a lado com ensinamentos Divinos.

3 – O Universo é infinito. É composto de mais de 100 bilhões de galáxias. Cada galáxia possui mais de 500 bilhões de estrelas. Cada estrela possui, no mínimo, 10 planetas girando ao seu redor, isso sem contar algumas luas que chegam a tamanhos imensos. Até agora, só estamos lidando com números contabilizados na 3ª dimensão; nem nos reportaremos a outras dimensões. Fazendo as devidas contas: 100.000.000.000 de galáxias,  x  500.000.000.000 de estrelas,  x  10 planetas  =  500.000.000.000.000.000.000.000, ou seja, aproximadamente, no mínimo, encontraremos no Universo quinhentos sextilhões de planetas.

4 – Como o cérebro humano não sabe lidar com valores muito elevados iremos utilizar algumas comparações. Na linha do Equador, onde a circunferência da Terra é maior, encontraremos cerca de 40.000 km. Se eu resolver dar a volta no planeta a pé, supondo que eu tenha uma vida muito longa, eu daria 1 quintilhão de voltas a pé no nosso globo, ou seja, 1.000.000.000.000.000.000 de voltas. Após dar um quintilhão de voltas no planeta, eu terei dado o mesmo número de passos que há em planetas no Universo. Agora, vamos comparar planetas com gotas de água. Vamos supor que cada planeta seja equivalente a uma gota de água. Cada litro de água contém 20.000 gotas. Uma piscina olímpica possui 2.500.000 litros de água. Fazendo as contas encontraremos a cifra de 10 trilhões de piscinas olímpicas com gotas de água em número equivalente a planetas no Universo.

5 – Após todos esses cálculos, ainda há quem acredite que só existe vida na Terra. Na verdade, a explicação para tal fenômeno é bem simples. Do ponto de vista da psicologia espiritual, em função do desenvolvimento evolutivo de cada um, podemos efetuar algumas inferências: Sabemos que a raiz de todas as mazelas do mundo possui sua origem no egoísmo, vaidade e orgulho humano. Pessoas que acreditam que só há vida na Terra e que são atendidas em tempo integral por Deus, sem poder haver nenhum tipo de intermediário mais evoluído que o humano, trabalhando para Ele, são como crianças mimadas e egoístas que não querem dividir o amor e a atenção de seus pais com outros irmãos, com outros filhos adotivos ou, pior ainda, com outras crianças. Todo o ser infantilizado e egoísta quer um pai que esteja 24 horas do dia ao seu inteiro, único e exclusivo dispor, dentro de um Universo infinito de afazeres a realizar. Muitos irmãos, carentes de esclarecimento, chegam a extrapolar qualquer limite de egoísmo, afirmando categoricamente que somente quem frequentar o seu templo “religioso” conseguirá obter algum tipo de salvação mágica, mesmo que não trabalhe ou evolua para a merecer.

6 – Ainda dentro do conceito de criacionismo alguns detalhes muito importantes necessitam clareza especial: A criação do Universo é uma coisa, a criação do planeta Terra é outra coisa e a criação das espécies é outra coisa mais. A criação de espécies depende do tipo de planeta e a do planeta depende da idade de criação da sua galáxia. Os mistérios do Universo ficarão cada vez mais insondáveis à medida que os olhos forem ficando cada vez mais vendados para as novas descobertas científicas.

7 – Já dentro do sistema Evolucionista, encontramos respaldo nas criaturas primitivas, unicelulares, mais tarde pluricelulares, algas, bactérias, e assim por diante, até chegarmos às espécies mais elaboradas e adaptadas dos dias de hoje: invertebrados, vertebrados, anfíbios, peixes, répteis, aves e mamíferos. O temor dos criacionistas é totalmente infundado. O evolucionismo não tira em nada o mérito de Deus, pois que Deus está em constante criação e, por leis eternas, delega certa “autonomia” supervisionada para as suas criaturas, como o faz com o homem.

8 – A grande novidade é que não há uma divisão ou uma exclusividade de método como se pensa. O que existe é a junção de ambos os mecanismos como peças integrantes de um mesmo processo. Em algum momento, e isso ocorre até hoje e assim será eternamente, há o Criacionismo como ponto de partida de tudo que encontramos no Universo, pois Deus trabalha e cria sem parar. Obedecendo a Leis Divinas Eternas, o sistema prossegue em seu segundo estágio, onde o Evolucionismo adapta, progride, aperfeiçoa e seleciona, por uma lei da natureza, todas as coisas em um constante movimento que inicia na criação e ascende na evolução.

9 – Notemos que a bifurcação entre as espécies Simiescas e dos Pithecântropos deu origem aos primeiros hominídeos que constituíram a base para toda a evolução da linhagem humana. Setenta trilhões de células de um organismo nunca são encontradas em processos estagnados de vida e sobrevivência. Jung já havia observado que arquétipos são linguagens mitológicas comumente utilizadas para se transmitir a essência de uma mensagem onde se faz necessária a identificação da ciência por trás do relato, bem como a percepção das entrelinhas como ferramenta utilizada para separar o figurado do literal dentro de um mesmo contexto.

10 – A correta observação e interpretação de fatos, relatos ou acontecimentos, esbarra numa terceira tendência humana totalmente equivocada e comumente repetida nos tempos modernos: Em função de não estarmos exercitando, em tempo integral, a auto-análise, a reflexão e a observação criteriosa e científica dos acontecimentos, possuímos a tendência de captar a realidade até um certo ponto, para, depois, concluirmos o restante ao nosso bel prazer, criando, sob bases inicialmente verdadeiras, construções filosóficas ilusórias e bifurcações em diversas teorias, linhas de raciocínio, sistemas, credos, seitas e religiões que se originaram a partir de uma única base sólida para depois ramificarem-se sob o império do imaginativo, dedutivo e pouco científico; tudo dependendo da capacidade moral, intelectual, política, filosófica, social, motivos materiais, satisfação pessoal do ego e estágio evolutivo de cada fundador que, aos poucos, foi distanciando-se do método científico e adentrando na seara empírica.

11 – Tais engodos, sempre enraizados na falha humana, propiciam o distanciamento dos reais objetivos da religiosidade do ser. Para que o amor ao próximo retorne à posição de destaque, a humildade será o tempero principal acompanhada de boas doses de evolução, sabedoria, desapego material, moralidade de fato, despojamento de vaidade, orgulho e egoísmo, que serão os catalisadores do processo de abandono de fantasias para a retomada do verdadeiro caminho da realidade, bondade e humanidade fraterna.

12 – O livro “Mecanismos da Mediunidade”, reporta-se ao fato de que temos o homem atual como um viajante do Cosmos, que flutua em várias faixas de evolução, condicionadas nas suas percepções, para uma escala de progresso já alcançada. Tal progresso, estampado no campo mental de cada alma, será condicionado por duas variantes: 1) O tempo de evolução, ou seja, aquilo que a vida já lhe deu e que foi aproveitado no caminho correto e...2) O tempo de esforço pessoal, que é aquilo que ele próprio já deu à vida na construção do seu destino, na colaboração com a paz, o equilíbrio, a verdade, o aprendizado e o centro de tudo, o auxílio ao próximo.



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