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http://www.youtube.com/watch?v=g7wiq8PhI9c
1 – O Criacionismo,
defendido por muitos, inclusive por Moisés, consiste na criação do mundo e de
todas as coisas, acreditando assim, por consequência, que a Terra era o início
de tudo. Os Criacionistas também defendem que as espécies foram criadas
perfeitas e assim permanecem para sempre. Outra característica marcante dos
Criacionistas religiosos é a de que o nosso privilegiado planeta é o único que
possui vida, sendo assim, o centro das atenções de todo o Universo.
2 – Cada pessoa é livre
para acreditar e ter fé no que bem entender. Uns possuem fé em objetos,
amuletos, pirâmides, estatuetas, colares, óleos, imagens, ampolas com água de
algum rio ou mar, etc., outros preferem depositar sua fé no próprio ego e em
bens materiais, alguns preferem jogar toda sua fé em dogmas metafóricos e há
quem prefira repousar sua fé em evidências científicas que caminhem lado a lado
com ensinamentos Divinos.
3 – O Universo é
infinito. É composto de mais de 100 bilhões de galáxias. Cada galáxia possui
mais de 500 bilhões de estrelas. Cada estrela possui, no mínimo, 10 planetas
girando ao seu redor, isso sem contar algumas luas que chegam a tamanhos
imensos. Até agora, só estamos lidando com números contabilizados na 3ª
dimensão; nem nos reportaremos a outras dimensões. Fazendo as devidas contas:
100.000.000.000 de galáxias, x 500.000.000.000 de estrelas, x 10
planetas = 500.000.000.000.000.000.000.000, ou seja,
aproximadamente, no mínimo, encontraremos no Universo quinhentos sextilhões de
planetas.
4 – Como o cérebro
humano não sabe lidar com valores muito elevados iremos utilizar algumas
comparações. Na linha do Equador, onde a circunferência da Terra é maior,
encontraremos cerca de 40.000 km. Se eu resolver dar a volta no
planeta a pé, supondo que eu tenha uma vida muito longa, eu daria 1 quintilhão
de voltas a pé no nosso globo, ou seja, 1.000.000.000.000.000.000 de voltas.
Após dar um quintilhão de voltas no planeta, eu terei dado o mesmo número de
passos que há em planetas no Universo. Agora, vamos comparar planetas com gotas
de água. Vamos supor que cada planeta seja equivalente a uma gota de água. Cada
litro de água contém 20.000 gotas. Uma piscina olímpica possui 2.500.000 litros
de água. Fazendo as contas encontraremos a cifra de 10 trilhões de piscinas
olímpicas com gotas de água em número equivalente a planetas no Universo.
5 – Após todos esses
cálculos, ainda há quem acredite que só existe vida na Terra. Na verdade, a
explicação para tal fenômeno é bem simples. Do ponto de vista da psicologia
espiritual, em função do desenvolvimento evolutivo de cada um, podemos efetuar
algumas inferências: Sabemos que a raiz de todas as mazelas do mundo possui sua
origem no egoísmo, vaidade e orgulho humano. Pessoas que acreditam que só há vida
na Terra e que são atendidas em tempo integral por Deus, sem poder haver nenhum
tipo de intermediário mais evoluído que o humano, trabalhando para Ele, são
como crianças mimadas e egoístas que não querem dividir o amor e a atenção de
seus pais com outros irmãos, com outros filhos adotivos ou, pior ainda, com
outras crianças. Todo o ser infantilizado e egoísta quer um pai que esteja 24
horas do dia ao seu inteiro, único e exclusivo dispor, dentro de um Universo
infinito de afazeres a realizar. Muitos irmãos, carentes de esclarecimento,
chegam a extrapolar qualquer limite de egoísmo, afirmando categoricamente que
somente quem frequentar o seu templo “religioso” conseguirá obter algum tipo de
salvação mágica, mesmo que não trabalhe ou evolua para a merecer.
6 – Ainda dentro do
conceito de criacionismo alguns detalhes muito importantes necessitam clareza
especial: A criação do Universo é uma coisa, a criação do planeta Terra é outra
coisa e a criação das espécies é outra coisa mais. A criação de espécies depende
do tipo de planeta e a do planeta depende da idade de criação da sua galáxia.
Os mistérios do Universo ficarão cada vez mais insondáveis à medida que os
olhos forem ficando cada vez mais vendados para as novas descobertas
científicas.
7 – Já dentro do sistema
Evolucionista, encontramos respaldo nas criaturas primitivas, unicelulares,
mais tarde pluricelulares, algas, bactérias, e assim por diante, até chegarmos
às espécies mais elaboradas e adaptadas dos dias de hoje: invertebrados,
vertebrados, anfíbios, peixes, répteis, aves e mamíferos. O temor dos
criacionistas é totalmente infundado. O evolucionismo não tira em nada o mérito
de Deus, pois que Deus está em constante criação e, por leis eternas, delega
certa “autonomia” supervisionada para as suas criaturas, como o faz com o
homem.
8 – A grande novidade é
que não há uma divisão ou uma exclusividade de método como se pensa. O que
existe é a junção de ambos os mecanismos como peças integrantes de um mesmo
processo. Em algum momento, e isso ocorre até hoje e assim será eternamente, há
o Criacionismo como ponto de partida de tudo que encontramos no Universo, pois
Deus trabalha e cria sem parar. Obedecendo a Leis Divinas Eternas, o sistema
prossegue em seu segundo estágio, onde o Evolucionismo adapta, progride,
aperfeiçoa e seleciona, por uma lei da natureza, todas as coisas em um
constante movimento que inicia na criação e ascende na evolução.
9 – Notemos que a
bifurcação entre as espécies Simiescas e dos Pithecântropos deu origem aos
primeiros hominídeos que constituíram a base para toda a evolução da linhagem
humana. Setenta trilhões de células de um organismo nunca são encontradas em processos
estagnados de vida e sobrevivência. Jung já havia observado que arquétipos são
linguagens mitológicas comumente utilizadas para se transmitir a essência de
uma mensagem onde se faz necessária a identificação da ciência por trás do relato,
bem como a percepção das entrelinhas como ferramenta utilizada para separar o
figurado do literal dentro de um mesmo contexto.
10 – A correta
observação e interpretação de fatos, relatos ou acontecimentos, esbarra numa
terceira tendência humana totalmente equivocada e comumente repetida nos tempos
modernos: Em função de não estarmos exercitando, em tempo integral, a
auto-análise, a reflexão e a observação criteriosa e científica dos
acontecimentos, possuímos a tendência de captar a realidade até um certo ponto,
para, depois, concluirmos o restante ao nosso bel prazer, criando, sob bases
inicialmente verdadeiras, construções filosóficas ilusórias e bifurcações em
diversas teorias, linhas de raciocínio, sistemas, credos, seitas e religiões
que se originaram a partir de uma única base sólida para depois ramificarem-se
sob o império do imaginativo, dedutivo e pouco científico; tudo dependendo da
capacidade moral, intelectual, política, filosófica, social, motivos materiais,
satisfação pessoal do ego e estágio evolutivo de cada fundador que, aos poucos,
foi distanciando-se do método científico e adentrando na seara empírica.
11 – Tais engodos,
sempre enraizados na falha humana, propiciam o distanciamento dos reais
objetivos da religiosidade do ser. Para que o amor ao próximo retorne à posição
de destaque, a humildade será o tempero principal acompanhada de boas doses de
evolução, sabedoria, desapego material, moralidade de fato, despojamento de
vaidade, orgulho e egoísmo, que serão os catalisadores do processo de abandono
de fantasias para a retomada do verdadeiro caminho da realidade, bondade e
humanidade fraterna.
12 – O livro “Mecanismos
da Mediunidade”, reporta-se ao fato de que temos o homem atual como um viajante
do Cosmos, que flutua em várias faixas de evolução, condicionadas nas suas
percepções, para uma escala de progresso já alcançada. Tal progresso, estampado
no campo mental de cada alma, será condicionado por duas variantes: 1) O tempo
de evolução, ou seja, aquilo que a vida já lhe deu e que foi aproveitado no
caminho correto e...2) O tempo de esforço pessoal, que é aquilo que ele próprio
já deu à vida na construção do seu destino, na colaboração com a paz, o
equilíbrio, a verdade, o aprendizado e o centro de tudo, o auxílio ao próximo.


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