23 – Engrenagens da Vida






 1 – Estamos vivenciando uma fase evolutiva de resgate e provações mais aceleradas em decorrência de algumas questões de ordem de transição planetária que estaremos atravessando em breve. Em nossa sociedade há 5 ervas daninhas que precisam ser arrancadas ou, pelo menos, neutralizadas em nossos canteiros: Culpa, depressão, ansiedade, pânico e estresse. Desde a infância, como em qualquer população, para qualquer doença, sempre há pessoas que querem tirar algum proveito de suas doenças ou até pior, tem quem sinta uma espécie de orgulho e sentimento de autocomiseração excessiva na própria doença. Por outro lado, também existem bravos guerreiros que a sociedade nem percebe que possuem complicações de ordem química, psicológica, psiquiátrica, psicossomática ou emocional. A problemática agrava-se para aqueles que se entregam à doença, pois cada enfermidade destas origina de 4 a 8 outros graves problemas de saúde no decorrer de uma existência.

2 – A ansiedade, por mais contundente que possa ser, começa a encontrar respostas na própria natureza quando, ao se observar, por exemplo, uma árvore frutífera, que por mais que se queira urgentemente seus frutos, somente na época oportuna eles aparecerão em todo seu sabor e esplendor. Há tempo para tudo em nossa existência. Tempo de planejar, reunir material necessário, construir, colher os resultados e até mesmo um tempo para resgatar as falhas do processo. A continuidade, para tudo na vida, sempre será muito mais importante do que a intensidade. O Universo apresenta ciclos e limites que se não forem respeitados dentro de uma normalidade de padrões de comportamento haverá sérias consequências futuras para os responsáveis.

3 – Para todos nós, doentes, não doentes, semi-doentes, muito doentes, temos de firmar um compromisso de superação com nós mesmos, rendermo-nos aos tratamentos com disciplina e bom humor e precisamos, urgentemente, adquirir o hábito de semearmos a terra da vida, aguardarmos que os frutos do esforço floresçam, lembrarmo-nos constantemente da irrigação dos bons hábitos e escolhermos a realização de todos os processos no melhor solo possível da psique humana. Já que possuímos tantos defeitos vamos aprender a tirar proveito deles. Sejamos teimosos no bem e no auxílio aos menos favorecidos, intolerantes com nossos defeitos, sagazes com os maus pendores, companhias e conselhos, arrogantes contra a maledicência, fofoqueiros a Deus sobre nossos problemas de conduta e incansavelmente egoístas com a saúde física, mental, intelectual e espiritual.

4 – Quando tudo parecer desmoronar em nossa volta restará a fé em Deus e a certeza de que absolutamente ninguém é injustiçado pelo resto da vida e que sempre haverá o momento de plantio e o momento de colheita. Fé, nesses momentos difíceis, significa ter plena consciência de que estamos sempre ganhando algo de bom e proveitoso, em longo prazo, mesmo que ainda não nos seja possível visualizar o final da estrada. Tudo que se apresentar catastrófico ao nosso parecer, será apenas o resultado de mentes muito poderosas, superiores e inteligentes articulando o que podemos chamar de lição, benefícios, resgate e novos caminhos, tudo ao mesmo tempo, para nos direcionar, da melhor forma possível, combinando engrenagens complicadíssimas, que envolvem pessoas e situações, a nos impulsionar para um futuro resultado de progresso, realização e felicidade verdadeira.

5 – A prosperidade real e aprovada pelo plano Celestial inicia o primeiro passo de sua longa jornada na reforma íntima e consequente mudança de hábitos. Por esse motivo, o que nos parece injustiça social, muitas vezes é apenas o resultado de algo simples como a escolha e a velocidade de mudanças de conduta que cada um escolhe para seu caminho. Só poderemos colher o que for plantado e o dia da colheita só depende do dia do plantio. Quem plantar antes, mais cedo colherá. Esse tipo de pressa, de ansiedade, é mais um defeito a ser explorado. Pressa para os resultados decorrentes de uma sincera reforma interior, poucos apresentam. A injustiça social mencionada serve apenas como alerta ao correto modo de conduzir-se na vida, porém, que isso nunca signifique frieza ou insensibilidade aos que sofrem, pois que a próxima lei do mesmo conjunto que rege a sinfonia da natureza humana é o necessário auxilio aos menos favorecidos ou atrasados.

6 – Platão dizia que o mundo que acreditava não era o mundo que conhecíamos. Hoje temos a certeza que não é. O verdadeiro mundo passa pela morte e o que chamamos de vida, de nascimento, é a manifestação da morte para o verdadeiro mundo. De tempos em tempos nos é fornecido um uniforme especial para frequentarmos um curso de aperfeiçoamento. Esse curso empenha-se em ensinar conceitos e lições que promoverão o progresso das capacidades múltiplas de cada frequentador. O curso não é nada fácil e cada inscrito obtém notas compatíveis com o seu aprendizado. Apesar de parecer meio incompreensível, paradoxal e contraditório, na verdade, o mecanismo não poderia funcionar de outra forma. Ora, se a verdadeira vida deve ser um porto seguro, de luz, paz, amor, fraternidade, reunindo as melhores qualidades, nada mais justo que o curso de aperfeiçoamento, muitas vezes regado a lágrimas, suor e sangue, seja executado em local distante do referido paraíso vibracional.

7 – A estrada da ilusão sempre irá parecer mais fácil e atrativa no curso da vida. Tal caminho resultará sempre no mesmo destino: um abismo, um penhasco, um lodo ou um pântano. Quem optar pelo caminho mais difícil, removendo pedra por pedra, com resignada determinação, mesmo que não perceba, estará treinando a paciência, a força de vontade, a inteligência, a evolução de habilidades e a saúde plena. Tudo isso será muito útil, porque no final de cada estrada, haverá a devida recompensa e o trabalho de auxílio aos que vem mais atrás, utilizando-se do mesmo caminho. Quem já tiver construído o próprio know-how de produção na engenharia evolutiva da vida, melhor professor será e melhor intuirá seus pupilos que virão atrás, como um dia lhe foi intuído o melhor conceito por parte de quem já o havia precedido na estrada, aberto o melhor caminho e removido as maiores pedras.



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