11 – VAIDADE, ORGULHO E EGOÍSMO

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1 – O ser humano é o maior causador dos seus próprios infortúnios. A falsa sensação de poder, em qualquer área da vida, revela o interior de que cada ser humano é possuidor. Para encobrir a vaidade, o homem coloca a culpa de seus fracassos na Divindade, no castigo, na má sorte, no olho gordo, na inveja, na energia ruim dos outros, enfim, atribui a todos a responsabilidade de suas mazelas, menos ao único e verdadeiro dono da culpa: a própria pessoa. A vaidade e o orgulho são sentimentos descendentes do egoísmo. Quase todos dos males do mundo possuem origem no egoísmo. Diariamente observamos inúmeros exemplos de contradições existentes entre o que se fala e o que se faz. Não é só culpa do homem rico que explora o homem pobre. Observamos pessoas pobres explorando as miseráveis utilizando os mesmos argumentos distorcidos na vã tentativa de enganar, com jogos de palavras, não só aos mais necessitados, mas a si mesmos e às Leis Divinas Universais que a tudo enxergam, a tudo pesam e a tudo registram, independente dos recursos argumentativos, filosóficos ou religiosos de cada um.

2 – A vaidade esconde-se onde menos se espera: vestes, gestos, falar, andar, ouvir pouco, queixas, cegueira aos defeitos, cegueira aos defeitos dos seus, ao apontar defeitos alheios, muitas justificativas, apreço por bajuladores, materialismo excessivo, ostentação, mascarar-se de humilde, atrair atenções, pouco tempo ao semelhante, referências pessoais, proezas diversas, anunciar pequenas e raras boas ações praticadas, salientar dotes sociais, prazer velado em provocar inveja, crer-se superior, intolerância e maus tratos aos humildes, palavrões e ofensas, falta de paciência, apelidos humilhantes, favorecimentos, desistir de evoluir, mentir, lutar por migalhas, desmerecer o esforço alheio, insatisfação constante, ingratidão, trapaças variadas, rigor apenas aos outros, injustiças, desculpas para não praticar doações, crer-se o único merecedor de atenções Celestiais, além de não ajudar ainda criticar os que auxiliam, possuir mais tempo dedicado aos prazeres do que aos deveres, etc. Através das portas da vaidade, do orgulho e do egoísmo, os habitantes das sombras promovem a discórdia entre amigos e parentes. Todas as pessoas já erraram, erram e continuarão errando. Justamente o mais humilde de todos foi o único que não errou: Jesus. Não somos nada, mas que isso não sirva de desculpa para fugirmos da obrigação de aprender, evoluir, possuir todas as respostas possíveis, de modo criterioso, para que tenhamos a humildade de reconhecer que todo o conhecimento que conquistamos não nos pertencia, apenas o memorizamos.

3 – O agricultor que colhe o milho nunca deve zombar do vizinho que ainda está plantando o seu. Na verdade, a vaidade só pertence ao que menos sabe e não ao que sabe muito. Não há motivos para sermos vaidosos, pois em vidas passadas poderá haver muitas páginas borradas de lágrimas e sangue em nossa história. Lutemos contra nós mesmos. Lutemos bravamente contra maus pendores e sejamos humildes guerreiros das luzes, da caridade e do saber. O verdadeiro herói é aquele que consegue vencer a si mesmo, lutando contra suas próprias armas defensivas. A sabedoria, a humildade e a fé só se fortalecem na presença do aprendizado constante. A humildade é a qualidade dos humildes e não dos ignorantes. Significa silenciar os méritos possuídos ou praticados. Apenas em situação de ensinamento, exemplo, aula, palestra e estudo, é que podemos e devemos enumerar exemplos com o devido respeito, bom senso e carinho. São com os exemplos que plantamos a semente da virtude nos ouvintes, do desejo de realizações melhores e de aspirações mais elevadas. Sejamos como os grandes que, com o exemplo de amor e modéstia, enalteceram as virtudes da vida e indicaram o caminho certo para a luz maior. Somente no caminho da humildade trafegam ações e ensinamentos que enaltecem e compreendem as leis Divinas, e que abominam a vaidade, o orgulho e o egoísmo.

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