1 – No livro “Animismo e
Espiritismo” do russo Alexandre Aksakof, membro da Academia de Leipzig,
Conselheiro de Estado da Rússia e grande intelectual pesquisador, encontramos
vasto material que trata de pesquisas científicas realizadas em torno do tema
espiritismo, na Alemanha, Rússia e Inglaterra, em parceria com grandes nomes do
elenco científico daqueles tempos. Foi nesse tempo, por volta de 1.880, que foi
dado o primeiro passo para a produção de um efeito plástico, conhecido como
materialização, segundo seu batismo científico. Chegou-se à conclusão de que
cada elemento psíquico é portador de uma forma de consciência e de uma força
organizadora e que, em muitos casos, era preciso muito critério e atenção para
separar Animismo (efeito energético produzido pelo próprio médium, consciente
ou inconscientemente) de Espiritismo (efeito também energético produzido por
uma inteligência extracorpórea que se manifestava através de um médium que
cedia, voluntariamente, seus dons mediúnicos para tais fins).
2 – Seis dias
depois, Jesus subiu a uma montanha e apenas levou consigo Pedro e os dois
irmãos Tiago e João. O seu aspecto transformou-se então diante deles. O rosto
ficou brilhante como o Sol e a roupa, branca como a luz. Nisto, os três
discípulos viram Moisés e Elias a conversar com Jesus. Então Pedro exclamou:
“Senhor, é tão bom estarmos aqui! Se quiseres, vou levantar três tendas: uma
para ti, outra para Moisés e outra para Elias.” Ainda ele estava a falar,
quando uma nuvem brilhante apareceu por cima deles. Da nuvem saiu uma voz que
dizia: “Este é o meu Filho querido, em quem tenho toda a satisfação. Escutem o
que ele diz!” Ao ouvirem aquela voz os discípulos curvaram-se até ao chão e
tiveram muito medo. Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-lhes, dizendo: “Levantem-se!
Não tenham medo!” Quando se levantaram, não viram mais ninguém senão Jesus (Mt
17.1-8). Elias e o próprio Moisés, que
havia proibido a comunicação com os mortos, conversaram com Jesus, Pedro, Tiago e
João, mesmo depois de mortos. Essas e outras dúvidas assolavam a mente científica de muitos sábios da
época. O renomado pesquisador Beneke afirmava que as forças psíquicas
constituem uma substância real e que a Alma humana é um organismo composto
dessas tais substâncias psíquicas, tão eternas e indestrutíveis quanto qualquer
elemento de ordem material que conhecemos.
3 - Aksakof nunca esteve
solitário em suas pesquisas sobre a existência e manifestação do espírito
humano. Muitos cientistas importantes do passado iniciaram suas pesquisas
tentando aniquilar com as experiências espíritas e acabaram cedendo às
evidências incontestáveis da sua real existência e nobre missão na Terra. Observamos, em vários locais do globo, em diversos momentos do passado, que nomes respeitados, também adentravam no mundo
das investigações sobre a espiritualidade do homem. Na Rússia, França, Alemanha, Inglaterra, América, Itália, Suécia, Índia e outros países, encontravam-se nomes famosos dedicados à causa espiritual,
tais como: Albert Notzing, Alfred Wallace, Allan Kardec, Arthur Doyle, Arthur
Findlay, August Morgan, Benjamin Franklin, Carl du Prel, Cesare Lombroso,
Charles Fort, Charles Richet, Cromwel Varley, Curt Ducasse, Edmund Gurney,
Elsie Dubugras, Enrico Imoda, Enrico Morseli, Epes Sargent, Erlendur
Haraldsson, Ernest Jones, Ernesto Bozzano, Eugene Rochas, Eusápia Paladino,
Florence Cook, Frank Podmore, Frederic Myers, Gabriel Delanne, George Sexton,
Giovanni Vailati, Gui Playflair, Gustav Fechner, Gustave Geley, Harry Price,
Herbert Maio, Hermínio Miranda, Hernani Andrade, Jame Gully, James Randi, Jean
Meyer, Johann Zollner, Joseph Rhine, Joseph Maswell, Juiz Edmonds, Julian
Ochorowicz, Justinos kerner, Kathlen Goligher, Leon Denis, Malcolm Guthrie,
Marie Curie, Max Dessoir, Monteiro Lobato, Nicolas Flammarion, Oliver Lodge,
Paul Gibier, Pierre Curie, Peirre Leymarie, Raymond Jr., Richard Hodgson,
Robert Millikan, Robert Hare, Thomas Edison, Upton Sinclair, Victor Hugo,
Wately Carington, Willian Barret, Willian Crookes, Willian Eglington, William
Crawford, Willian James, Willian Moses, Ian Stevenson, Peter Bander, Cesar
Vesme, Eugene Osly, Julies Thiebault, Louis Jacolliot, Theodoro Fournoy, Leon
Chevreuil, Alfred Erny, Paul Bodier, Victorien Sardou, Rudolf Lambert, Ubaldo
Tartaruga, August Ludwig, Gustav Pagentecher, Karl Blacker, Eurico Morselli,
entre outros.
4 - A maioria dos
notáveis pesquisadores do passado chegou à conclusão que, se realmente há uma
força que emana uma fonte energética inteligente de fora do homem, então,
certamente, no futuro haverá uma grande revolução conceitual-filosófica a
respeito da Ciência e Religião, conforme a humanidade fosse
intelectualizando-se a ponto de pensar por si só, sem a necessidade de
intermediários para manifestarem suas conclusões.
5 – Em Londres, Samuel
Guppy, materialista convicto, já estava na página 300 de seu livro, que tentava
refutar vários fenômenos mediúnicos, quando, na sua própria residência, inúmeras estranhas ocorrências começaram tendo sua própria esposa como o centro de
mediunidade dos acontecimentos. O Sr. W. Crookes, notável pesquisador dos
fenômenos espíritas, descobriu que, sob certas condições, havia o surgimento e
a liberação de uma energia elétrica, ou mecânica, ou química, sem contar a já
conhecida energia luminosa e as manifestações inteligentes de ordem superior.
Também observaram que as manifestações de entidades inferiores eram desprovidas
de farta luminosidade, linguajar culto, aromas agradáveis e sensações de bem
estar.
6 – Divaldo Franco
informa que um médium iniciante produz efeitos mediúnicos na proporção de 70%
animismo e 30% espiritual. Conforme o médium vai estudando, se educando e
aprimorando seus dons, a proporção inverte para 30% de fenômeno anímico para
70% de origem espiritual. Aprimorar dons exige educar a alma e educar a alma
significa atuar de forma construtiva e nunca permissiva ou contemplativa em
relação à vida. Quem assim proceder estará não só educando a alma como também
aprimorando seus aspectos anímicos. É preciso atacar as falhas, treinar a força
de vontade, trabalhar os pontos fracos e incentivar os pontos fortes.
7 – O dom da mediunidade
do ser humano sempre existiu e de tempos em tempos adquire novas nomenclaturas
e utilizações desviadas do seu elevado caráter caridoso ou doutrinário.
Sacerdotes, sensitivos, pajés, pítons, pitonisas, richis, hierofantes, magos,
profetas, oráculos, sibilas, xamãs, alquimistas, etc, eram algumas denominações
para os que possuíam um dom especial, mas que nem sempre possuíam a sabedoria
necessária para o uso correto deste poder. Não só a Bíblia, mas qualquer ser
inteligente propenso ao bem condena a prática financeira e vulgar da mediunidade,
bem como o charlatanismo, a vingança, conquistar matrimônio, solicitar adivinhações
pessoais, práticas politeístas, rituais fúteis e práticas mundanas que só
servem de distração aos espíritos de pouca evolução moral.
8 – Possuir o dom da
mediunidade nunca foi proibido. Jesus foi o maior médium que esse planeta já
conheceu. O próprio Moisés era médium. Nem seria de direito proibir um dom
maravilhoso dado por Deus. O problema é saber usar esse dom, usar com critério,
somente para o bem, em prol de causas muito nobres e o principal, de graça.
Cobrar pela mediunidade é um crime e no futuro, quem o praticar, será alvo de problemas graves de consciência e terá de prestar severas contas frente às Leis do Universo. Muitas pessoas que se acham autoridades religiosas e que nem sequer uma avançada mediunidade
possuem para oferecerem como desculpa, são vistas à luz do dia, sem constrangimento algum, em plena campanha
televisiva, cobrando verdadeiras fortunas para exercerem a cura e a intermediação
dos pedidos dos fiéis para com Deus. Se exercitar a mediunidade e conversar
assuntos de elevado teor com os mortos fosse errado, certamente Jesus não o
faria. O próprio João Paulo II disse que o diálogo santo com os mortos não
deverá ser interrompido. Atualmente, no museu das Almas, a igreja católica
guarda mais de 280 registros de fenômenos mediúnicos ocorridos dentro da
própria igreja.
9 – Muitas faculdades de
medicina no Brasil e no exterior, já contam com a matéria medicina e
espiritualidade. Dentro do livro médico chamado CID, Código Internacional de
Doenças, já há, como diagnóstico médico, o estado de transe, a possessão
espiritual e a clarividência mediúnica não mais sendo tratados como um caso
exclusivo de alucinação ou psicose, abrindo caminho para o reconhecimento de um
fenômeno de ordem espiritual. Quando esse fenômeno trás problemas ao seu
portador, por não se tratar de comunicação voluntária e de bons espíritos, há o
código F 44.3 no CID. Respeitamos as diferenças e os limites de cada ser,
encarnado ou não, religioso ou não, mas quem estuda mais precisa dar o exemplo
e servir de referência positiva a iluminar os caminhos dos companheiros de
jornada. Se assim procedermos, estaremos contribuindo não só para um mundo
melhor, mas para uma energia melhor, uma saúde melhor, um nível de convivência
melhor, uma proteção contra o mal melhor, um progresso melhor, um estado de consciência melhor e um modo de encarar a vida
bem melhor.


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