33 – O Mundo Invisível








1 – No livro “Animismo e Espiritismo” do russo Alexandre Aksakof, membro da Academia de Leipzig, Conselheiro de Estado da Rússia e grande intelectual pesquisador, encontramos vasto material que trata de pesquisas científicas realizadas em torno do tema espiritismo, na Alemanha, Rússia e Inglaterra, em parceria com grandes nomes do elenco científico daqueles tempos. Foi nesse tempo, por volta de 1.880, que foi dado o primeiro passo para a produção de um efeito plástico, conhecido como materialização, segundo seu batismo científico. Chegou-se à conclusão de que cada elemento psíquico é portador de uma forma de consciência e de uma força organizadora e que, em muitos casos, era preciso muito critério e atenção para separar Animismo (efeito energético produzido pelo próprio médium, consciente ou inconscientemente) de Espiritismo (efeito também energético produzido por uma inteligência extracorpórea que se manifestava através de um médium que cedia, voluntariamente, seus dons mediúnicos para tais fins).

2 – Seis dias depois, Jesus subiu a uma montanha e apenas levou consigo Pedro e os dois irmãos Tiago e João. O seu aspecto transformou-se então diante deles. O rosto ficou brilhante como o Sol e a roupa, branca como a luz. Nisto, os três discípulos viram Moisés e Elias a conversar com Jesus. Então Pedro exclamou: “Senhor, é tão bom estarmos aqui! Se quiseres, vou levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.” Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem brilhante apareceu por cima deles. Da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho querido, em quem tenho toda a satisfação. Escutem o que ele diz!” Ao ouvirem aquela voz os discípulos curvaram-se até ao chão e tiveram muito medo. Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-lhes, dizendo: “Levantem-se! Não tenham medo!” Quando se levantaram, não viram mais ninguém senão Jesus (Mt 17.1-8).  Elias e o próprio Moisés, que havia proibido a comunicação com os mortos, conversaram com Jesus, Pedro, Tiago e João, mesmo depois de mortos. Essas e outras dúvidas assolavam a mente científica de muitos sábios da época. O renomado pesquisador Beneke afirmava que as forças psíquicas constituem uma substância real e que a Alma humana é um organismo composto dessas tais substâncias psíquicas, tão eternas e indestrutíveis quanto qualquer elemento de ordem material que conhecemos.

3 - Aksakof nunca esteve solitário em suas pesquisas sobre a existência e manifestação do espírito humano. Muitos cientistas importantes do passado iniciaram suas pesquisas tentando aniquilar com as experiências espíritas e acabaram cedendo às evidências incontestáveis da sua real existência e nobre missão na Terra. Observamos, em vários locais do globo, em diversos momentos do passado, que nomes respeitados, também adentravam no mundo das investigações sobre a espiritualidade do homem. Na Rússia, França, Alemanha, Inglaterra, América, Itália, Suécia, Índia e outros países, encontravam-se nomes famosos dedicados à causa espiritual, tais como: Albert Notzing, Alfred Wallace, Allan Kardec, Arthur Doyle, Arthur Findlay, August Morgan, Benjamin Franklin, Carl du Prel, Cesare Lombroso, Charles Fort, Charles Richet, Cromwel Varley, Curt Ducasse, Edmund Gurney, Elsie Dubugras, Enrico Imoda, Enrico Morseli, Epes Sargent, Erlendur Haraldsson, Ernest Jones, Ernesto Bozzano, Eugene Rochas, Eusápia Paladino, Florence Cook, Frank Podmore, Frederic Myers, Gabriel Delanne, George Sexton, Giovanni Vailati, Gui Playflair, Gustav Fechner, Gustave Geley, Harry Price, Herbert Maio, Hermínio Miranda, Hernani Andrade, Jame Gully, James Randi, Jean Meyer, Johann Zollner, Joseph Rhine, Joseph Maswell, Juiz Edmonds, Julian Ochorowicz, Justinos kerner, Kathlen Goligher, Leon Denis, Malcolm Guthrie, Marie Curie, Max Dessoir, Monteiro Lobato, Nicolas Flammarion, Oliver Lodge, Paul Gibier, Pierre Curie, Peirre Leymarie, Raymond Jr., Richard Hodgson, Robert Millikan, Robert Hare, Thomas Edison, Upton Sinclair, Victor Hugo, Wately Carington, Willian Barret, Willian Crookes, Willian Eglington, William Crawford, Willian James, Willian Moses, Ian Stevenson, Peter Bander, Cesar Vesme, Eugene Osly, Julies Thiebault, Louis Jacolliot, Theodoro Fournoy, Leon Chevreuil, Alfred Erny, Paul Bodier, Victorien Sardou, Rudolf Lambert, Ubaldo Tartaruga, August Ludwig, Gustav Pagentecher, Karl Blacker, Eurico Morselli, entre outros.

4 - A maioria dos notáveis pesquisadores do passado chegou à conclusão que, se realmente há uma força que emana uma fonte energética inteligente de fora do homem, então, certamente, no futuro haverá uma grande revolução conceitual-filosófica a respeito da Ciência e Religião, conforme a humanidade fosse intelectualizando-se a ponto de pensar por si só, sem a necessidade de intermediários para manifestarem suas conclusões.

5 – Em Londres, Samuel Guppy, materialista convicto, já estava na página 300 de seu livro, que tentava refutar vários fenômenos mediúnicos, quando, na sua própria residência, inúmeras estranhas ocorrências começaram tendo sua própria esposa como o centro de mediunidade dos acontecimentos. O Sr. W. Crookes, notável pesquisador dos fenômenos espíritas, descobriu que, sob certas condições, havia o surgimento e a liberação de uma energia elétrica, ou mecânica, ou química, sem contar a já conhecida energia luminosa e as manifestações inteligentes de ordem superior. Também observaram que as manifestações de entidades inferiores eram desprovidas de farta luminosidade, linguajar culto, aromas agradáveis e sensações de bem estar.

6 – Divaldo Franco informa que um médium iniciante produz efeitos mediúnicos na proporção de 70% animismo e 30% espiritual. Conforme o médium vai estudando, se educando e aprimorando seus dons, a proporção inverte para 30% de fenômeno anímico para 70% de origem espiritual. Aprimorar dons exige educar a alma e educar a alma significa atuar de forma construtiva e nunca permissiva ou contemplativa em relação à vida. Quem assim proceder estará não só educando a alma como também aprimorando seus aspectos anímicos. É preciso atacar as falhas, treinar a força de vontade, trabalhar os pontos fracos e incentivar os pontos fortes.

7 – O dom da mediunidade do ser humano sempre existiu e de tempos em tempos adquire novas nomenclaturas e utilizações desviadas do seu elevado caráter caridoso ou doutrinário. Sacerdotes, sensitivos, pajés, pítons, pitonisas, richis, hierofantes, magos, profetas, oráculos, sibilas, xamãs, alquimistas, etc, eram algumas denominações para os que possuíam um dom especial, mas que nem sempre possuíam a sabedoria necessária para o uso correto deste poder. Não só a Bíblia, mas qualquer ser inteligente propenso ao bem condena a prática financeira e vulgar da mediunidade, bem como o charlatanismo, a vingança, conquistar matrimônio, solicitar adivinhações pessoais, práticas politeístas, rituais fúteis e práticas mundanas que só servem de distração aos espíritos de pouca evolução moral.

8 – Possuir o dom da mediunidade nunca foi proibido. Jesus foi o maior médium que esse planeta já conheceu. O próprio Moisés era médium. Nem seria de direito proibir um dom maravilhoso dado por Deus. O problema é saber usar esse dom, usar com critério, somente para o bem, em prol de causas muito nobres e o principal, de graça. Cobrar pela mediunidade é um crime e no futuro, quem o praticar, será alvo de problemas graves de consciência e terá de prestar severas contas frente às Leis do Universo. Muitas pessoas que se acham autoridades religiosas e que nem sequer uma avançada mediunidade possuem para oferecerem como desculpa, são vistas à luz do dia, sem constrangimento algum, em plena campanha televisiva, cobrando verdadeiras fortunas para exercerem a cura e a intermediação dos pedidos dos fiéis para com Deus. Se exercitar a mediunidade e conversar assuntos de elevado teor com os mortos fosse errado, certamente Jesus não o faria. O próprio João Paulo II disse que o diálogo santo com os mortos não deverá ser interrompido. Atualmente, no museu das Almas, a igreja católica guarda mais de 280 registros de fenômenos mediúnicos ocorridos dentro da própria igreja.

9 – Muitas faculdades de medicina no Brasil e no exterior, já contam com a matéria medicina e espiritualidade. Dentro do livro médico chamado CID, Código Internacional de Doenças, já há, como diagnóstico médico, o estado de transe, a possessão espiritual e a clarividência mediúnica não mais sendo tratados como um caso exclusivo de alucinação ou psicose, abrindo caminho para o reconhecimento de um fenômeno de ordem espiritual. Quando esse fenômeno trás problemas ao seu portador, por não se tratar de comunicação voluntária e de bons espíritos, há o código F 44.3 no CID. Respeitamos as diferenças e os limites de cada ser, encarnado ou não, religioso ou não, mas quem estuda mais precisa dar o exemplo e servir de referência positiva a iluminar os caminhos dos companheiros de jornada. Se assim procedermos, estaremos contribuindo não só para um mundo melhor, mas para uma energia melhor, uma saúde melhor, um nível de convivência melhor, uma proteção contra o mal melhor, um progresso melhor, um estado de consciência melhor e um modo de encarar a vida bem melhor. 



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